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Imersão de conhecimentos: Vinhos Brancos leves e ácidos.

Parte do material de meu e-book que será lançado em breve.



Estes vinhos têm baixo teor alcoólico (a maioria com 12% ou menos), acidez pronunciada, são frescos, frutados e relativamente leves na boca e nariz. Amadurecem em reservatórios de aço inox, o que lhes dá uma natureza quase metálica.

Cumpre sua função gastronômica (harmonização) com sua acidez. Sem fermentação malolática, estes vinhos apresentam o ácido málico acentuado que para algumas pessoas parecerá agressiva, mas eles são feitos para serem assim mesmo: frescos, vivos, nervosos, ásperos. Acompanham muito bem peixes e frutos do mar, sabe aquele bacalhau banhado no azeite ou aquele peixe frito? É a combinação perfeita. Os sabores acentuados do vinhos, combinados com sua acidez, não sobrecarregam as papilas gustativas, logo eu recomendo estes vinhos para quem quer substituir os espumantes em um evento, pois são mais baratos e harmonizam bem com as entradas e saladas.


Na Alemanha e Alsácia (nordeste da França, fronteira com a Alemanha) eles são harmonizados com chucrute (choucroute), salsichas e carne de porco. Aqui no Brasil ele pode acompanhar frango e peru, espetinhos de vegetais num churrasco, buffet de saladas, etc..

Devido ao baixo teor alcoólico pratos mais apimentados, como os da culinária baiana e tailandesa, são bem vindos.


Características:


Exame visual:

- branco-papel;

- verdeal;

amarelo-palha.


Exame olfativo:

- fragrante;

- frutado;

É comum encontrar:

aroma de flores (acácia, espinheiro, lírio, margarida, etc..);

aroma de frutas frescas (limão, romã, maça, melão, lima, tangerina, maracujá, ...).


Exame gustativo:

Acidez: fresco, vivo, nervoso.

Corpo: leve, bom corpo.

Tanicidade (presença de taninos): ausente.


Castas típicas: Chardonnay, Sauvignon Blanc, Albarinho, Chenin Blanc, Riesling, Silvaner, Grüner Veltliner.


Terroirs típicos:

Vinho Verde e Viseu (onde os tintos frescos são o forte) - Portugal;

Rias Baixas - Espanha;

Muscadet, Alsace, Mosel, Sancerre, Entre-Deux-Mers, Petit Chablis - França;

Califórnia - EUA;

Vale do Casabanca, Vale do Leyda - Chile;

Campanha Gaúcha e Vale dos Vinhedos - Brasil.



Os que provei e indico.

Chablis - provei uns dez, todos intensos, persistentes, secos, algusn com acidez viva outros até nervosa, ácool equilibrado, um tanto carentes de aciez, bom corpo e sem quaisquer vestígios de taninos, além de serem persistente na boca. Não acho que valem o que custam, visto que há outros terroirs que produzem vinhos excelentes e custam um terço de um Chablis.

Quinta da Boeira Branco -fresco, barato (importado pela rede de supermercados Inter, do Rio de Janeiro, e vendido diretamente nas lojas abaixo de R$60,00, mais eu pagaria R$180,00 num resaurante sem reclamar), equilibrado, amarelo-palha, intenso, razoavelmente persistente






Foto: site Kilix Vinhos.

Fonte: Livro WINE, autor ANDRÉ DOMINÉ, editora H. F. Ullmann (Alemanha).


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